SAB (supermercados)

Em retrospecto, parece até coisa dos antigos governos socialistas da Europa oriental – mas a SAB, sigla para Sociedade de Abastecimento de Brasília, tinha duas importantes missões quando foi criada pelo governo local em 1962: oferecer uma rede de mercados aos candangos, já que as grandes redes existentes nas cidades consolidadas do país demoraram a se instalar na nova capital, e incentivar a produção de alimentos industrializados e de hortifrutigranjeiros da agricultura do DF.

De quase monopolista no ramo da mercearia nos seus primeiros anos, a SAB conseguiu se manter competitiva durante as décadas de 1970 e 1980 frente a concorrentes locais e nacionais que se instalavam em Brasília, tais como Casas da Banha, Supermercado Slaviero, Supermercados Planalto, Rede Somar, Minibox e Jumbo. Nos anos 1990, porém, a rede de minimercados do Governo do Distrito Federal passou a perder terreno principalmente para as lojas menores das redes Carrefour e Pão de Açúcar.

Lojas

A SAB teve lojas instaladas nos seguintes locais do DF:

Curiosidades

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  • O slogan da SAB era “O bom vizinho”.
  • Alguns dos produtos industrializados vendidos nas lojas da rede tinham uma marca própria e exclusiva. As embalagens eram brancas com logomarcas em laranja e verde, as mesmas usadas na identidade visual da SAB.

Extinção

As últimas lojas da SAB fecharam as portas em 1998. No ano 2000, os principais acionistas (o próprio GDF e as também estatais Novacap e TCB) decidiram liquidar oficialmente a sociedade. Em 2002, a Câmara Legislativa aprovou o processo de extinção da SAB e os seus cerca de 350 servidores (contratados pela CLT) foram realocados para outras áreas do governo distrital, especialmente a Secretaria de Saúde. Algumas das antigas lojas foram cedidas ou alugadas a órgãos diversos do GDF.

O processo de extinção e a venda do patrimônio da empresa, porém, ainda em 2016 se arrastam e custam caro: segundo informações de abril de 2016, a empresa deve mais de R$ 20 milhões em impostos atrasados à Receita Federal. Treze terrenos foram colocados à venda em 2016, com os quais o GDF esperava arrecadar cerca de R$ 96 milhões segundo o site Metrópoles1).

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